Iniciativa da Cinemateca Brasileira exibe gratuitamente 15 grandes obras do cinema nacional até dia 5 de dezembro

A partir desta quinta-feira, 23 de novembro, o Cine Brasília apresenta a mostra A Cinemateca é Brasileira. Idealizada pela Cinemateca Brasileira, o projeto tem o intuito de compartilhar uma parte significativa da rica produção audiovisual e apresentar uma seleção de títulos fundamentais para a história do cinema no Brasil. Esta é a primeira vez que a Cinemateca Brasileira realiza uma mostra de seu acervo na capital federal, em parceria com a Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura. Até o dia 5 de dezembro, 16 filmes do projeto integram gratuitamente a programação do Cine.

A iniciativa está integrada ao Projeto Viva Cinemateca, lançado em junho, que engloba iniciativas significativas da Cinemateca, direcionadas à recuperação de acervos importantes, bem como à modernização da sede e da infraestrutura técnica da instituição. A mostra já passou por Curitiba, Belo Horizonte, Vitória, Vila Velha, Rio de Janeiro, Porto Alegre, João Pessoa, Recife, Brumadinho e Fortaleza.

A curadoria da Cinemateca Brasileira elaborou uma seleção diversificada para a Mostra, abrangendo diversos momentos históricos, propostas estéticas e abordagens temáticas. Isso destaca a riqueza e a diversidade do cinema brasileiro ao longo de mais de 120 anos de história.

Dos primeiros tempos do cinema brasileiro, a mostra traz os filmes São Paulo: A Sinfonia da Metrópole (1929), de Rodolfo Lustig e Adalberto Kemeny, Limite (1931), do diretor Mário Peixoto, Carnaval Atlântida (1952), de José Carlos Burle, Jeca Tatu (1959), de Milton Amaral, e O Cangaceiro (1953), de Lima Barreto.

Já no Cinema Novo, a mostra traz o longa Cinco Vezes Favela (1962), dos diretores Marcos Farias, Carlos Diegues, Miguel Borges, Joaquim Pedro de Andrade e Leon Hirszman, e Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964), de Glauber Rocha. E, representando o Cinema Marginal, o filme O Bandido da Luz Vermelha (1968), de Rogério Sganzerla.

O sucesso O Pagador de Promessas (1962), de Anselmo Duarte, que conquistou a única Palma de Ouro no Festival de Cannes para o Brasil, também integra a mostra. Além do icônico E À Meia-noite Levarei sua Alma (1964), obra na qual José Mojica Marins cria seu icônico personagem Zé do Caixão, vem representando as produções independentes.

Baseados em obras clássicas da literatura, os filmes Macunaíma (1969), de Joaquim Pedro de Andrade, Dona Flor e Seus Dois Maridos (1979), de Bruno Barreto, também integram a programação. Representando os documentários, a seleção traz Cabra Marcado Para Morrer (1989), de Eduardo Coutinho, e Ilha das Flores (1989), de Jorge Furtado.

Das obras mais recentes, a programação traz Central do Brasil (1998), de Walter Salles, que venceu o Urso de Ouro e rendeu o prêmio de melhor atriz para Fernanda Montenegro no Festival de Berlim de 1998. E, finalizando os grandes sucessos, o aclamado Bacurau (2019), de Juliano Dornelles e Kleber Mendonça Filho.

A abertura da mostra acontece a partir das 20h desta quinta, 23, com uma cerimônia com a presença de Maria Dora G. Mourão, diretora geral da Cinemateca Brasileira, seguida da exibição de Cabra Marcado pra Morrer. Toda a programação da mostra é gratuita.

SESSÃO ESPECIAL

Na segunda-feira, 27 de novembro, o Cine Brasília exibe uma sessão especial do mini documentário Tem Floresta em Pé, Tem Mulher, de Nina Fidelis. A sessão será seguida de um bate-papo com convidados especiais. Durante a conversa, será debatido o importante papel das mulheres negras na crucial missão de proteger as nossas florestas. A programação completa tem duração estimada de uma hora.

O debate será mediado por Bárbara Barboza, Coordenadora de Justiça Racial e de Gênero da Oxfam Brasil, e terá como convidados Edel Moraes, Secretária Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente; Roberta Eugênio, Secretária Executiva do Ministério da Igualdade Racial; Selma Dealdina, Secretária Executiva da Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (CONAQ); Maria Nice Machado, Secretária de Mulheres do Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS); Maria Edinalva, Vice Coordenadora Geral do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB).

A exibição inicia às 20h e é gratuita.

PRÉ-ESTREIA SÉRIE JK

Transportando o público para uma viagem única pela vida de Juscelino Kubitschek, a série documental JK – O Reinventar do Brasil tem sessão de pré-estreia no Cine Brasília no dia 28 de novembro. Organizado pelo Ministério da Cultura, Iphan, Arquivo Público do Distrito Federal e pela TV Cultura, o evento exibirá o primeiro episódio da obra dirigida por Jarbas Agnelli. Com início às 20h, a sessão é gratuita.

A série traz uma abordagem cativante, que se assemelha a um podcast, conduz os espectadores desde o nascimento de JK até o momento de sua trágica e enigmática morte. “JK – O Reinventor do Brasil” não apenas oferece uma narrativa fascinante, mas também proporciona um vislumbre profundo de uma parte essencial da nossa história, cujos impactos continuam a ressoar por todo o país.

EXIBIÇÃO COM DEBATE

No dia 29, o Cine Brasília recebe a exibição gratuita do filme Incompatível Com a Vida, de Eliza Capai. O filme documental foca na experiência pessoal da diretora, a partir do momento em que ela registra sua própria gravidez. A narrativa se desenrola através de conversas da diretora com outras mulheres que passaram por vivências semelhantes, resultando em um impactante conjunto de vozes que abordam questões universais como vida, morte, luto e as políticas públicas que influenciam essas experiências.

A sessão inicia às 19h e, em seguida, Eliza Capai participa de um debate sobre interrupção de gravidez e políticas públicas. Mediado por Luciana Brito Logo, co-diretora da Anis Bioética, o debate conta com as participações de Deborah Duprat, do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCRIM), e de Priscila Romeiro, uma das personagens do documentário.

SESSÃO ACESSÍVEL

Todo último sábado do mês, o Cine Brasília realiza uma Sessão Acessível, proporcionando a exibição gratuita de filmes equipados com recursos de acessibilidade, projetados na tela. Durante essa sessão, a sala é mantida com meia luz e volume reduzido, criando uma experiência especialmente acolhedora para pessoas no espectro autista. Este mês a sessão acontece no dia 25, às 14h, com a exibição do filme Andança – Os Encontros e as Memórias de Beth Carvalho.

Dirigido por Pedro Bronz, o filme revela aspectos pouco conhecidos da vida artística e história de Beth Carvalho, influente sambista que, além de dar visibilidade a grandes nomes do samba, deixou sua marca na periferia e transformou a história desse gênero musical no Brasil. Além de sua carreira musical, Beth Carvalho foi uma ardente militante política, engajada em diversas causas progressistas.

EM CARTAZ

A animação Trolls 3 – Juntos Novamente continua em cartaz no Cine. Nessa terceira produção da saga, Poppy e Tronco, agora um casal, embarcam em uma emocionante jornada quando o passado secreto de Tronco é revelado. As sessões de Trolls 3 iniciam sempre às 10h, com exceção de segunda, quando não há exibição, e contam com com recursos de acessibilidade de libras, legendas e audiodescrição através do aplicativo Mobi LOAD.

Os ingressos para as sessões regulares no Cine Brasília custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia), com exceção das segundas-feiras, que tem entrada no valor único de R$5, e podem ser adquiridos na bilheteria do cinema ou no SITE.

SERVIÇO – CINE BRASÍLIA
Endereço: Asa Sul Entrequadra Sul 106/107 – Brasília, DF, 70345-400.
Informações pelo WhatSApp: 61 99878-2198 ou contato.cinebrasilia@gmail.com
Ingressos à venda na bilheteria ou pelo link: ingresso.com/cinema/cine-brasilia

 

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