- Dia 19 tem sessão especial e gratuita do clássico em versão restaurada em 4K Deus e o Diabo na Terra do Sol, de Glauber Rocha. Antes da exibição haverá debate com Lino Meireles, Paloma Rocha e Míriam Silvestre e cerimônia oficial com a ministra Margareth Menezes.
No ano que marca a retomada dos investimentos no audiovisual com a recriação do Ministério da Cultura (MinC), a ministra Margareth Menezes e a secretária do Audiovisual, Joelma Gonzaga, irão celebrar o Dia do Cinema Brasileiro na exibição especial da cópia restaurada em 4K de “Deus e o Diabo na Terra do Sol”, que acontece aqui no Cine Brasília, na segunda-feira, (19). A ENTRADA GRATUITA!
Antes do filme, às 19h, haverá um debate com o tema “Deus e o Diabo na Terra do Sol: o que uma restauração proporciona” com o produtor da restauração e diretor do documentário Candango: Memórias do Festival, Lino Meireles; da cineasta Paloma Rocha que, além da direção de inúmeros curtas e longas-metragens, vem trabalhando incansavelmente na recuperação e divulgação do acervo de Glauber Rocha e dirigiu todo o processo de restauração do filme e Míriam Silvestre, doutora em História, criadora e professora do curso “O Cinema Brasileiro e sua História”.
A entrada é gratuita e não haverá retirada de ingressos, o acesso é por ordem de chegada. Quem for cedo para assistir ao debate, já tem lugar garantido para a cerimônia de abertura e exibição do longa-metragem remasterizado em 4K de Glauber Rocha.
DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL
Obra incontestável pela relevância e por tudo o que ele significa para o cinema brasileiro Deus e o Diabo na Terra do Sol ganhou versão restaurada em 4K pela união de esforços do produtor Lino Meireles e da diretora Paloma Rocha, filha de Glauber Rocha. A nova versão do filme teve sua estreia mundial, em 2022, na seção Cannes Classics, na 74ª edição do Festival de Cannes. Curiosamente, Deus e o Diabo havia estreado mundialmente em 1964 na mostra competitiva do mesmo festival. É o segundo longa-metragem de Glauber, realizado dois anos depois de Barravento. Mas é Deus e o Diabo a obra que marca o apogeu do Cinema Novo, movimento inaugurado ainda nos anos 50, que marca a entrada do cinema brasileiro em sua fase adulta e moderna.
O Cinema Novo de Glauber revolucionou a herança do neorrealismo italiano que, sem dúvida, marcou profundamente filmes como Rio 40º (1955) e Rio Zona Norte (1957), ambos de Nelson Pereira dos Santos, pioneiro do movimento. Deus e o Diabo é uma criação barroca, terceiro-mundista, com influências da Nouvelle Vague francesa, especialmente Godard, da vanguarda russa de Eisenstein, da literatura de cordel, do documentário social, do teatro simbolista e ainda do faroeste. É ver para crer. Glauber foi o apóstolo principal desta segunda etapa do Cinema Novo, manifestada em todos os seus filmes posteriores, assim como em seus escritos. Tinha o dom da polêmica e gostava de dizer que era partidário de “uma cultura em transe”, definição que vinha ao encontro de seu filme Terra em Transe, rodado em 1967. Enfim, a projeção de Deus e o Diabo na Terra do Sol é uma oportunidade para não se perder.
SERVIÇO
Exibição de Deus e o Diabo na Terra do Sol
Data: 19/06 (Segunda-feira)
Hora:
• 19h – debate “Deus e o Diabo na Terra do Sol: o que uma restauração proporciona”
• 20h – cerimônia Dia do Cinema Brasileiro + exibição
Local: Cine Brasília – Asa Sul EQS 106/107 – Brasília/DF
ENTRADA GRATUITA
Foto: Filipe Araújo/MinC
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Desde setembro de 2022, a casa do cinema brasileiro possui uma nova gestão compartilhada entre a OSC Box Cultural e a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal. O espaço cultural segue sob a direção geral de Sara Rocha e curadoria de Sérgio Moriconi.
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