Mais longevo festival de cinema do país, o FBCB ocorre de 9 a 16 de dezembro de 2023, com exibições da Mostra Competitiva Nacional, Mostra Brasília e três mostras paralelas no Cine Brasília

A Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal, em parceria com a organização da sociedade civil Amigos do Futuro, anunciou, nesta quarta-feira (29/11) a programação oficial do 56º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Referência nacional, o mais longevo festival de cinema do país ocupa mais uma vez o Cine Brasília, entre os dias 09 e 16 de dezembro de 2023, exibindo produções realizadas em todas as cinco regiões do Brasil, marcadas pela diversidade de vozes, de narrativas e de estéticas, desde o cinema indígena à produção urbana periférica e dos interiores do Brasil.

O primeiro Troféu Candango de 2023 já tem dono. O veterano ator Antonio Pitanga será o grande homenageado desta 56ª edição e receberá a estatueta pelo conjunto de sua obra na noite de abertura. A trajetória do artista, assim como a do Festival de Brasília, remete a uma linha do tempo de resistência na produção audiovisual, dos anos 1960 até os dias de hoje. Antonio e o festival permanecem fundamentais para o imaginário artístico do país.

Após bater recorde de filmes inscritos (1.269 títulos, sendo 984 curtas e 285 longas), o 56º Festival de Brasília apresenta seis longas-metragens e 12 curtas na Mostra Competitiva Nacional; quatro longas e oito curtas do 25º Troféu Câmara Legislativa – Mostra Brasília, voltado para as produções do DF; e mais de 20 títulos nas mostras paralelas (Outros Olhares, Coproduções e Festivalzinho).

Sob a direção artística da cineasta, curadora e atriz Anna Karina de Carvalho, a 56ª edição do Festival de Brasília reúne uma programação vasta, com filmes que refletem a diversidade narrativa e estética de expressões brasileiras. Os selecionados para as mostras competitivas nacionais serão remunerados com cachê de seleção nos valores de R$ 30 mil para longas-metragens e R$ 10 mil para curtas. Na Mostra Brasília, o audiovisual candango concorre a R$ 240 mil reais em prêmios concedidos pelo 25º Troféu Câmara Legislativa

A programação fecha o ano de 2023 com um suco narrativo de ‘Brasis’, que pouco foram exibidos nas telas do país e que dão um panorama real da produção atual”, atesta a diretora artística.

A grande novidade desta edição é a incorporação de tecnologia 4K para todas as exibições, iniciativa da organização da sociedade civil Amigos do Futuro, que aproxima a projeção das maiores tendências do mercado exibidor audiovisual mundo afora. Além da alta definição em tela, outro investimento técnico incorpora o uso de processadores de áudio e servidores Dolby, o que garantirá qualidade nunca antes vista para o público frequentador do evento.

De acordo com o presidente da 56ª edição, Fernando Borges, “o investimento na atualização tecnológica do festival foi prioritário para este momento pulsante que o cinema brasileiro vive. O Festival de Brasília sempre impulsionou tendências do mercado nacional, e os investimentos em tecnologia de ponta em 2023 colocam mais uma vez o evento no rol dos mais importantes festivais no país”.

A programação do festival também será composta por oficinas online, seminários e encontros setoriais, masterclass e atividades de aceleração de projetos para o mercado. As cinco oficinas formativas serão conduzidas de maneira virtualmente, por meio da plataforma Zoom, de 11 a 15 de dezembro, durante o festival. As inscrições estão abertas até 3 de dezembro. Já as atividades do Ambiente de Mercado, como a Clínica de Projetos, os encontros com players, os Pitchings e as Rodadas de Negócios, ocorrem de forma presencial entre 12 e 15 de dezembro, com programação em dois lugares: o Hotel Vision Plus e Infinu. No Espaço Cultural Renato Russo será a casa para os Seminários e Encontros Setoriais, e o Auditório II do Museu da República receberá uma masterclass com o realizador mineiro Gabriel Martins,o premiado diretor de “Marte Um”.

Para Claudio Abrantes, secretário de Cultura e Economia Criativa, “o Festival de Brasília movimenta toda cadeia de produção na economia criativa, gerando empregos e oportunidades, além de evidenciar a riqueza cultural e das produções artísticas do nosso país e da nossa cidade”.

Por este motivo, o secretário estará presente em duas aberturas oficiais: nos Complexos Culturais de Planaltina e Samambaia, no dia 10 de dezembro. Em Planaltina, haverá uma sessão da Mostra Competitiva Nacional no domingo, uma da Mostra Brasília na quarta (13), e duas sessões da programação infantil do Festivalzinho, na quarta e quinta-feira (13 e 14). Em Samambaia, a Mostra Competitiva Nacional ganha exibições de todas as sessões sempre às 20h, com direito a voto do público pelo júri popular, com as mesmas regras de votação no Cine Brasília – voto online até 1h30 depois do fim da sessão, com uso de código aleatório para validação.

No que diz respeito a acessibilidade, o evento terá recepcionistas para atendimento de PCDs nas dependências do Cine Brasília; Intérprete de LIBRAS nas cerimônias de abertura e encerramento e entrada gratuita para PCDs. Nos filmes, as sessões de abertura, beneficente e de encerramento, os longas “No Céu da Pátria Nesse Instante”, ” O Dia que te Conheci”, “Cartório das Almas” e “A Transformação de Canuto” e todos os curtas da Mostra Competitiva Nacional possuem legenda descritiva e audiodescrição pelo aplicativo de acessibilidade Guideyou. O longa “Mais um Dia, Zona Norte” possui apenas o recurso de legendas descritivas e o longa “Nós Somos o Amanhã” possui somente o recurso de audiodescrição, também pelo aplicativo.

 

SESSÃO DE ABERTURA

Antes de o público assistir às mostras oficiais e paralelas, o Festival de Brasília oferece um “mimo” para seus frequentadores: a exibição do inédito “Ninguém Sai Vivo Daqui”, novo longa-metragem de André Ristum (“O Outro Lado do Paraíso”), logo após a cerimônia de abertura do evento. A produção estreou mundialmente no Black Nights Film Festival (Estônia) e terá sua primeira projeção nacional na capital federal.

Com estreia comercial programada para 2024, o filme se inspira livremente no livro “Holocausto Brasileiro”, de Daniela Arbex, e parte da série “Colônia”, do Canal Brasil, com cenas inéditas. O longa aborda ficcionalmente os casos de internação compulsória, torturas e assassinatos no Hospital Psiquiátrico Colônia de Barbacena, em Minas Gerais.

Antes da exibição do filme, a cerimônia de abertura do 56º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro – que neste ano ganha apresentação dos atores Rocco Pitanga e Gabriela Corrêa – presta tributos a profissionais do setor do audiovisual. A começar pelo grande homenageado da edição, o ator Antonio Pitanga, que será premiado com um Troféu Candango pelo conjunto de sua obra.

Honraria conferida anualmente pelo Festival de Brasília para profissionais destacados pela dedicação à pesquisa e preservação do cinema nacional, a Medalha Paulo Emílio Salles Gomes será atribuída à professora da UnB e documentarista premiada Dácia Ibiapina. Esta é a sétima edição da medalha, criada para homenagear personalidades que contribuíram para a pesquisa e o pensamento do cinema brasileiro.

A Associação Brasiliense de Cinema e Vídeo (ABCV) que historicamente entrega seu prêmio na abertura, outorgará uma distinção especial em reconhecimento ao trabalho realizado pela documentarista, poeta, professora e artista plástica Maria Coeli, mineira radicada em Brasília.

Também serão lembrados em homenagens póstumas, duas personalidades históricas do audiovisual brasiliense: o ex-projecionista do Cine Brasília Elmar Umberto “Beto” Techmeier e o premiado cineasta e fotógrafo André Luís da Cunha, vencedor de quatro Troféus Candango, que trabalhou em mais de 50 produções do cinema local.

A Cerimônia de Abertura, bem como a de Premiação, no dia 16, serão transmitidas ao vivo pelo canal do Festival de Brasília no YouTube. As palestras apresentadas no Espaço Cultural Renato Russo, e os debates da Mostra Competitiva Nacional também serão exibidos de forma síncrona pela internet. A Masterclass com Gabriel Martins (Filmes de Plástico) será gravada e publicada posteriormente no canal de YouTube.

 

MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL – LONGAS

A seleção oficial da Mostra Competitiva Nacional do 56º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro terá na programação longas-metragens de cineastas estreantes e consagrados, além de importantes representações do cinema produzido por mulheres, indígenas, LGBTQIA+ e pessoas pretas, muitas já conhecidas, inclusive, premiadas em anos anteriores do festival.

Deste modo, a programação foi pensada  para representar a diversidade brasileira em tela. Entre os longas-metragens selecionados, “A Transformação de Canuto”, produção pernambucana e paulista dirigida pelo cineasta indígena Ariel Kauray Ortega e por Ernesto de Carvalho, aborda a comunidade Mbyá-Guarani na divisa brasileira com a Argentina, por meio de uma reconstituição cinematográfica sobre a lenda de um homem que se transformou em onça.

Do Distrito Federal, “Cartório de Almas” é a estreia do diretor brasiliense Leo Bello na Mostra Competitiva Nacional. Premiado por obras anteriores no gênero do cinema fantástico, este seu segundo longa-metragem de ficção narra a história da mais nova funcionária contratada pelo tal cartório do além. Aos 126 anos, ela tem como função protocolar as motivações de quem renunciou à eternidade. Em “Nós Somos o Amanhã”, ficção de São Paulo, Lufe Steffen, referência do cinema LGBTQIA+, mergulha numa viagem no tempo que leva uma professora de música de volta aos anos 1980, para ensinar as pessoas a lutarem contra o bullying, a perseguição e a intolerância racial, de gênero e de sexualidade na sociedade da época.

A seleção de longas traz de volta à capital nomes já consagrados no festival. A cineasta carioca Sandra Kogut, jurada na 54ª edição do evento, conhecida pelos longas “Mutum” (2007), “Campo Grande” (2015) e “Três Verões” (2019); o premiado diretor carioca Allan Ribeiro, vencedor do Candango de melhor direção de arte e edição por “Esse Amor que Nos Consome” em 2012; e o diretor mineiro André Novais, que participa pela quarta vez do festival, após sagrar-se grande vencedor da 51ª edição, com o longa “Temporada” (2018).

Nesta edição, Sandra Kogut apresenta o documentário “No Céu da Pátria Nesse Instante”, um olhar sobre os turbulentos meses do período eleitoral de 2022 que culminaram na invasão dos Três Poderes em 8 de janeiro deste ano. Allan Ribeiro mais uma vez recorre à linguagem poética para refletir sobre o cotidiano em “Mais um Dia, Zona Norte”, no qual mostra as transformações na rotina de trabalhadores da periferia do Rio. E André Novais traz sua nova ficção ambientada em Contagem (MG), “o Dia Que Te Conheci”, sobre a vida do bibliotecário Zeca, cuja rotina é interrompida após conhecer uma moça chamada Luisa.

 

MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL – CURTAS

Na seleção de curtas-metragens, o 56º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro reforça sua vocação para trazer questões urgentes da sociedade, sob as mais diversas perspectivas geográficas, de gênero e de raça. Dois curtas do Distrito Federal documentam comunidades autóctones. “A Fumaça e o Diamante”, de Bruno Villela, Fábio Bardella e Juliana Almeida é uma coprodução entre Amazonas e DF que acompanha o reencontro de uma família Yanomami. “Vão de Almas”, dirigido por Edileuza Penha e Santiago Dellape, mergulha no imaginário do Quilombo Kalunga na região de Cavalcante (GO).

Do Espírito Santo, vem “Remendo”, de Roger Ghil (GG Fákọ̀làdé), que evoca a espiritualidade anticolonial; de Alagoas, a ficção “Queima Minha Pele”, de Leonardo Amorim, aborda a estética queer ambientada no litoral do estado; e do Rio Grande do Sul, “Pastrana”, de Gabriel Motta e da skatista Melissa Brogni, documenta uma homenagem ao amigo e parceiro de rampas que dá nome ao filme, revivendo suas memórias a partir de amigos e familiares. A temática da espiritualidade ainda aparece em outros dois curtas: “Axé Meu Amor”, produção paraibana dirigida por Thiago Costa, ficção sobre uma mãe de santo em busca do sagrado, e “Dona Beatriz Ñsîmba Vita”, dirigido pelo artista mineiro Catapreta, em que uma mulher singular tenta cumprir uma missão divina, inspirada no legado da heroína congolesa Kimpa Vita.

Três produções mergulham nas idiossincrasias da vida urbana para contar histórias de ficção das mais distintas. “Erguida”, dirigido e estrelado pela atriz e diretora Jhonnã Bao, do Coletivo Contraplano, acompanha a resistência de uma jovem poeta da periferia de São Paulo; enquanto “Cidade By Motoboy”, outra produção paulista, mostra as intempéries de um motoboy do interior do estado. “Cáustico”, curta brasiliense de Wesley Gondim, por sua vez, se divide entre realidade e fantasia para narrar a história de mãe e filha em busca de cura para uma misteriosa doença. Completam a lista de postulantes aos Troféus Candangos de curta-metragem os curtas cariocas “O Nada”, do poeta e dramaturgo André Ladeia, do Rio de Janeiro, que adapta um conto do autor russo Leonid Andreiev; e “Helena de Guaratiba”, de Karen Black, estrelado pela diretora, produtora e atriz Helena Ignez, no papel-título de uma senhora que encontra o amor em um bairro pesqueiro do Rio.

 

25º TROFÉU CÂMARA LEGISLATIVA – MOSTRA BRASÍLIA

Na programação do 25º Troféu Câmara Legislativa – Mostra Brasília, a seleção 2023 dos concorrentes ao Troféu Câmara Legislativa reúne desde diretores estreantes do Distrito Federal a cineastas veteranos e premiados. Os quatro longas que concorrem nesta categoria são: “Ecos do Silêncio”, o retorno de André Luiz Oliveira, consagrado diretor baiano radicado em Brasília ao cinema de ficção; “Não Existe Almoço Grátis”, documentário de estreia de Marcos Nepomuceno e Pedro Charbel, que acompanha uma das cozinhas solidárias do MTST durante a posse de Lula em 2023; “O Sonho de Clarice”, animação surrealista dirigida por Fernando Gutiérrez e Guto Bicalho; e “Rodas de Gigante”, o aguardado documentário afetivo da atriz e diretora Catarina Accioly sobre um dos maiores personagens da cultura brasiliense, o diretor teatral e multiartista uruguaio Hugo Rodas.

Na seleção de curtas, a Mostra Brasília repete a diversidade de linguagens e temas. São quatro documentários: “A Chuva do Caju”, do premiado Alan Schvasberg (de “Ninguém Nasce no Paraíso”); “Estrela da Tarde, uma espécie de autobiografia de Francisco Rio; “Glitter Carnavalesco: A História do Bloco das Montadas”, registro de Marla Galdino sobre o primeiro bloco de drag queens do DF; e “Só Quem Tem Raiz”, ambientado no Gama e dirigido por Josianne Diniz. Os outros quatro curtas selecionados para a Mostra Brasília são de ficção: “Instante, da diretora Paola Veiga; a animação “A Menina Corina em: Quantos Mundos Cabem em um Mundo Só?, de Luciellen Castro; “Malu e a Máquina”, de Ana Luíza Meneses, voltado ao público infanto-juvenil; e “Nada se Perde”, uma distopia ambientada em Águas Claras, de Renan Montenegro.

 

MOSTRA OUTROS OLHARES, FESTIVALZINHO E SESSÕES HORS CONCOURS

Além das mostras competitivas, o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro apresenta três mostras paralelas que complementam o panorama de filmes exibidos nesta edição. São elas, a Mostra Outros Olhares, Mostra Coproduções – com programação a ser definida em breve –, e o Festivalzinho, tradicional programação infantil, cuja curadoria foi realizada em parceria com a Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis.

Na Mostra Outros Olhares, quatro títulos apontam para um panorama da produção nacional. Segundo a diretora artística do Festival de Brasília, Anna Karina de Carvalho, é uma forma de apresentar ao público diretores e diretoras com carreira promissora, que abordam temas relevantes. “São vários olhares para o cinema brasileiro, com diferentes temáticas e prismas que demonstram a capilaridade da nossa produção nacional, da animação ao documentário direto, passando pelo cinema indígena e indo para a ficção política”, resume.

Compõem a Mostra Outros Olhares quatro longas-metragens. O primeiro é“A Batalha da Rua Maria Antônia”, melhor filme no Festival do Rio, com projeção no dia 9 de dezembro, às 20h. A obra, um longa em preto-e-branco da cineasta paulista Vera Egito, propõe uma reimaginação da resistência do movimento estudantil aos ataques dos militares à USP, em 1968. Outra produção que compõe a mostra, “Uma Carta para Papai Noel” (RS) sagra o retorno do cineasta gaúcho Gustavo Spolidoro ao Festival de Brasília, no qual estreou como diretor em 1998, levando o Candango de melhor filme e direção na mostra competitiva de curtas daquele ano. Do Rio de Janeiro, integra a mostra paralela “Crônicas de Uma Jovem Família Preta”, de Davidson D. Candanda, produção que estreou no Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul. E completa a seleção o novo filme da cineasta e produtora cultural indígena Graciela Guarani, com co-direção de Alice Gouveia: “Sekhdese”.

Com objetivo de estimular e sensibilizar novos públicos, a criançada poderá assistir a uma sessão com 11 curtas-metragens. Destaques para “Brincando de Imaginar”, documentário paranaense sobre uma escola em meio a uma floresta; e as animações “Os Pelúcias” (SP), acerca de dois bichinhos de pelúcia que ganham vida; “Pipas Coloridas” (SP), sobre as férias dos materiais escolares; e “Tom Tamborim” (BA), história de um garoto inquieto e cheio de suingue que só quer saber de batucar.

Além das mostras paralelas, o público poderá assistir a outras duas sessões hors concours. No dia 10 de dezembro, às 18h, será apresentado “Utopia Tropical”, documentário de João Amorim, que traz conversas entre o diplomata Celso Amorim e o escritor, filósofo e ativista norte-americano Noam Chomsky. Esta sessão é beneficente e os ingressos são entregues mediante doação de 1kg de alimento não-perecível.

E, na sessão de encerramento, antes da premiação, o público poderá assistir ao documentário “Raoni – Uma Amizade Improvável”, dirigido pelo cineasta belga Jean-Pierre Dutilleux, mostrando sua história de amizade com o cacique Kaiapó Raoni ao longo de 50 anos, após as filmagens de “Raoni” (1978), longa com Marlon Brando indicado ao Oscar, que projetou o cacique como a mais importante liderança indígena brasileira para o mundo.

 

MOSTRA COPRODUÇÕES

Um panorama de realizações cinematográficas que apontam para a importância da internacionalização da produção audiovisual brasileira. Este é o escopo da mostra paralela Coproduções, que terá a exibição gratuita de quatro filmes realizados entre Brasil e outros países. Por coprodução, entende-se uma modalidade de produção de obra audiovisual realizada por agentes econômicos que exerçam suas funções em dois ou mais países.

Com sessões gratuitas no Cine Brasília, dias 11, 12 e 15 de dezembro, a mostra reúne os longas-metragens “O Livro dos Prazeres” (Argentina e Brasil), de Marcela Lordy. “Puan” (Argentina, Itália, Alemanha, França e Brasil), de Maía Alché e Benjamín Naishat; “Levante” (Brasil e Uruguai), de Lillah Halla, e a “Sem Coração” (Brasil, França e Itália), de Tião e Nara Normande.

Para a diretora artística do festival, Anna Karina de Carvalho, o Brasil tem se tornado um grande coprodutor ao longo dos anos. “O FBCB garimpou filmes que foram lançados e que se destacaram neste ano no mercado de festivais internacionais. Nossa missão foi trazer para o público de Brasília um recorte desse cenário”, conta Anna Karina.

 

EQUIPE CURATORIAL

Sob a direção artística de Anna Karina de Carvalho, a equipe de curadoria foi composta por três comissões com profissionais renomados do audiovisual brasileiro. Os grupos se dividem entre a de Longas e a de Curtas da Mostra Competitiva Nacional, compostas pela direção do festival, e a da Mostra Brasília, formada pela Câmara Legislativa do DF.

Integram a comissão de seleção da Mostra Brasília a professora de Audiovisual Denise Moraes, a atriz e produtora cultural Wol Nunnes, a atriz e arte-educadora Kika Sena, o fotógrafo André Macedo e o professor e cineasta Érico Monnerat. Na comissão de Curtas da Mostra Competitiva Nacional, estão o artista e realizador Antonio Balbino, a produtora Bella Medeiros, a crítica de cinema Cecilia Barroso, o cineasta e jornalista Marcio de Andrade, o cineasta, jornalista e ativista indígena Marcelo Cuhexê e a produtora Anamaria Mühlenberg. Para Longas da Mostra Competitiva Nacional, formam a comissão de seleção o cineasta e presidente da ABCV Péterson Paim, a diretora e produtora executiva Camila de Moraes e as críticas de cinema Flávia Guerra e Lorenna Montenegro. A seleção privilegiou obras inéditas, finalizadas entre 2022 e 2023, excluindo filmes que já se inscreveram em edições anteriores.

 

PROGRAMAÇÃO DE FILMES E MOSTRAS

FILME DE ABERTURA – HORS CONCOURS

9 de dezembro às 20h, no Cine Brasília
Ninguém Sai Vivo Daqui
Direção: André Ristum

SESSÃO ESPECIAL HORS CONCOURS – ENCERRAMENTO

16 de dezembro às 16h, no Cine Brasília
Raoni – Uma Amizade Improvável
Direção: Jean-Pierre Dutilleux

SESSÃO BENEFICENTE
Doação de 1kg de alimento não-perecível

10 de dezembro às 18h, no Cine Brasília
Utopia Tropical
Direção: João Amorim

MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL
LONGAS-METRAGENS
Exibições no Cine Brasília (21h) com ingressos a R$ 20 e R$ 10 (meia), e no Complexo Cultural Samambaia (20h) com entrada franca

10 de dezembro
No Céu da Pátria Nesse Instante
Direção: Sandra Kogut
*exibido também no Complexo Cultural de Planaltina, às 20h

11 de dezembro
Mais um Dia, Zona Norte
Direção: Allan Ribeiro

12 de dezembro
Nós Somos o Amanhã
Direção: Lufe Steffen

13 de dezembro
O Dia Que Te Conheci
Direção: André Novais Oliveira

14 de dezembro
Cartório das Almas
Direção: Leo Bello

15 de dezembro
A Transformação de Canuto
Direção: Ariel Kuaray Ortega e Ernesto de Carvalho

MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL
CURTAS-METRAGENS
Exibições no Cine Brasília (21h) com ingressos a R$ 20 e R$ 10 (meia), e no Complexo Cultural Samambaia (20h) com entrada franca

10 de dezembro
Cidade By Motoboy
Direção: Mariana Vita

Pastrana
Direção: Gabriel Motta e Melissa Brogni
*exibidos também no Complexo Cultural de Planaltina, às 20h

11 de dezembro
Axé Meu Amor
Direção: Thiago Costa

Erguida
Direção: Jhonnã Bao

12 de dezembro
Helena de Guaratiba
Direção: Karen Black

Remendo
Direção: Roger Ghil (GG Fákọ̀làdé)

13 de dezembro
Dona Beatriz Ñsîmba Vita
Direção: Catapreta

Queima Minha Pele
Direção: Leonardo Amorim
*exibidos também no Complexo Cultural de Planaltina, às 20h

14 de dezembro
Cáustico
Direção: Wesley Gondim

O Nada
Direção: André Ladeia

15 de dezembro
A Fumaça e o Diamante
Direção: Bruno Villela, Fábio Bardella e Juliana Almeida

Vão das Almas
Direção: Edileuza Penha de Souza e Santiago Dellape

MOSTRA BRASÍLIA
LONGAS-METRAGENS
Exibições no Cine Brasília (18h) com entrada franca

11 de dezembro
O Sonho de Clarice
Direção: Fernando Gutiérrez e Guto Bicalho

12 de dezembro
Ecos do Silêncio
Direção: André Luiz Oliveira

13 de dezembro
Não Existe Almoço Grátis
Direção: Marcos Nepomuceno e Pedro Charbel
*exibido também no Complexo Cultural de Planaltina, às 20h

14 de dezembro
Rodas de Gigante
Direção: Catarina Accioly

MOSTRA BRASÍLIA
CURTAS-METRAGENS
Exibições no Cine Brasília (18h) com entrada franca

11 de dezembro
Malu e a Máquina
Direção: Ana Luíza Meneses

A Menina Corina em: Quantos Mundos Cabem em um Mundo Só?
Direção: Luciellen Castro

12 de dezembro
Glitter Carnavalesco: a História do Bloco das Montadas
Direção: Marla Galdino

Instante
Direção: Paola Veiga

13 de dezembro
Nada se Perde
Direção: Renan Montenegro

Só Quem Tem Raiz
Direção: Josianne Diniz
*exibidos também no Complexo Cultural de Planaltina, às 20h

14 de dezembro
A Chuva do Caju
Direção: Alan Schvarsberg

Estrela da Tarde
Direção: Francisco Rio

MOSTRA PARALELA
OUTROS OLHARES
Exibições no Cine Brasília com entrada franca

10 de dezembro, às 14h
Uma Carta Para Papai Noel
Direção: Gustavo Spolidoro

13 de dezembro, das 14h às 17h40
Sekhdese
Direção: Graciela Guarani e Alice Gouveia

+ A Batalha da Rua Maria Antônia
Direção: Vera Egito

14 de dezembro, às 14h
Crônicas de Uma Jovem Família Preta!
Direção: Davidson D. Candanda

MOSTRA PARALELA
FESTIVALZINHO
Exibições no Cine Brasília, dias 10 e 16 de dezembro (10h), com entrada franca, e no Complexo Cultural de Planaltina, dias 13 de dezembro (09h) e 14 de dezembro (14h)

A Baleia Mágica
Direção: Douglas Alves Ferreira

Agosto dos Ventos
Direção: Paulo Antunes

Anacleto, o Balão
Direção: Carol Sakura e Walkir Fernandes

Brincando de Imaginar
Direção: Otavio Zucon e Nélio Spréa

Contos Mirabolantes – O Olho do Mapinguari
Direção: Andrei Miralha

Cora e os Corais
Direção: Levi Luz e Bia Hetzel

Os Pelúcias
Direção: Vivian Altman e Sergio Pizza

Palavras Mágicas
Direção: Carlon Hardt

Tom Tamborim
Direção: Maria Carolina e Igor Souza

Vovô Joel
Direção: Douglas Gomes

MOSTRA PARALELA
MOSTRA COPRODUÇÕES
Sessões nos dias 11, 12 e 15 de dezembro, no Cine Brasília, com entrada franca

11 de dezembro, às 14h
O Livro dos Prazeres
Direção: Marcela Lordy

12 de dezembro, às 14h
Puan
Direção: María Alché e Benjamín Naishat

15 de dezembro, às 14h
Levante
Direção: Lillah Halla

15 de dezembro, às 18h
Sem Coração
Direção: Tião e Nara Normande

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